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Melhore os títulos de seus sermões com quatro perguntas

Rick Warren - (Trad. Erasmo Vieira)



Se os seus sermões são feitos para transformar vidas, então os títulos que você usa precisam estar relacionados com a vida.

Dar um bom título para um sermão é uma arte que você precisa desenvolver constantemente. Não conheço ninguém que tenha dominado completamente essa arte. Todos temos dado títulos bons e ruins.
Mas se o propósito da pregação é transformar e não meramente informar, ou se você está falando aos descrentes, então precisa se preocupar em ter um bom título para seu sermão.
Como uma capa de livro, ou a primeira linha de uma propaganda, o título de seu sermão deve prender a atenção daqueles que você deseja influenciar.

No planejamento de um título atraente para um sermão, faço quatro perguntas:

1. O título prende a atenção das pessoas?

Porque somos chamados para comunicar a verdade, cremos que os não crentes estão sedentos para ouvir a verdade. Na verdade, não estão.
De fato, as pesquisas mostram que a maioria dos americanos rejeita a idéia da verdade absoluta. Hoje em dia, as pessoas estão valorizando a tolerância em vez da verdade.
A "decaída da verdade" é a causa de todas as falhas em nossa sociedade. Esta é a razão porque os não crentes não irão à igreja se ficarmos proclamando "Nós temos a verdade!" A reação deles será: "Ah é, todo o resto do mundo também tem!".

Enquanto a maioria dos não crentes não está buscando a verdade, estão, no entanto, buscando o alívio. Isto nos dá a oportunidade de interessá-los na busca da verdade. Descobri isso quando ensinei a verdade que dá alívio para as suas dores, que responde às suas principais questões ou dá solução aos seus problemas. Aí eles dizem: "Obrigado, e o que mais é verdade nesse Livro?"
Mostrar como os princípios bíblicos preenchem suas necessidades, cria fome por mais verdade.
Títulos que lidam com questões reais, com dores reais, atraem audiência, dando-nos a oportunidade de ensinar a verdade. Uma série de sermões com o título: "Como Enfrentar as Mágoas da Vida", "Quando Você Precisa de um Milagre" (sobre os milagres de Jesus), "Aprendendo a Ouvir a Voz de Deus" e "Perguntas que eu Queria Fazer a Deus" são atraentes para as pessoas.

2. O título é claro?

É essa a pergunta que me faço em seguida: "Este título fala por si mesmo, sem necessidade de explanações adicionais? Se eu ler esse título daqui a cinco anos, só pelo título, saberei de que o sermão trata?"

Infelizmente há muitas mensagens evangelísticas que ficam constrangedoras por causa de títulos confusos, sem cor ou banais.

Aqui estão alguns exemplos de títulos de sermões que vi no jornal LA Times:

* "Na estrada de Jericó"
* "Uma caminhada não muito longa do outro lado da estrada"
* "A tempestade que junta"
* "Pedro vai pescar"
* "O ministério dos Potes Quebrados"
* "Tornando-se Tito"
* "Dê-me ágape"
* "Rio de sangue"
* "Nada como um relógio de borracha"

Qualquer um desses títulos tem um apelo para os descrentes se interessarem? E esses títulos comunicam o que o sermão quer dizer? É mais importante ser claro do que "bonitinho".

3. O título apresenta as Boas Novas?

Em seu primeiro sermão. Jesus anunciou o tom de sua pregação: "O Espírito do Senhor¦ ungiu-me para pregar as Boas Novas..." (Lc 4:18). Mesmo quando tenho de compartilhar coisas complicadas e penosas, sempre desejo que meu título se concentre nos aspectos positivos de meu assunto.
Por exemplo: anos atrás preguei uma mensagem sobre a forma como perdemos as bênçãos de Deus por causa de nossos pecados. Dei, a essa mensagem, o título: "Por que não um Reavivamento?"
Tempos depois revisei o título para "O que Produz um Reavivamento?" Era a mesma mensagem, apenas colocada em termos positivos. Creio que Deus abençoou esta última com muito mais intensidade.
Aqui estão alguns títulos de séries que usei para comunicar as boas-novas:
- "Palavras encorajadoras da Palavra de Deus"
- "O que Deus Pode Fazer Através de Pessoas Comuns Como Você?"
- "Deleitando-se no Tempo de Vida que lhe Resta" uma exposição de Filipenses.

4. O título está relacionado com nossa vida diária?

Algumas pessoas criticam a pregação que visa aplicar os princípios em nossa vida como sendo superficial, simplista e inferior. Para elas, a única forma real de pregação deve ser didática e doutrinária. A atitude deles implica que Paulo era mais profundo que Jesus e que Romanos é um material mais profundo que o Sermão do Monte ou as Parábolas.

O ensino "mais profundo" é o que faz diferença no viver diário das pessoas. Como D.L. Moody disse uma vez: "A Bíblia não nos foi dada para aumentar nosso conhecimento, mas para mudar nossas vidas."
Tenho sido criticado por usar títulos de sermões parecidos com os títulos que Seleções de Reader"s Digest usa em seus artigos, mas eu faço isso intencionalmente! Seleções de Reader"s Digest é a revista de maior circulação do mundo porque seus artigos apelam para as necessidades, para os sofrimentos e para os interesses humanos.

Usar os títulos de sermões que apelam para suprir as necessidades não é ser superficial; é ser estratégico.
Em Saddleback, por trás dos títulos de sermões tipo "Como Fazer" está a profundidade da verdade do evangelho. Um observador casual não saberá que a série "Respondendo Perguntas Difíceis da Vida" é um estudo em Eclesiastes, que a série "Combate o Estresse" é uma exposição em dez semanas do Salmo 23, que "Construindo Grandes Relacionamentos", uma série de dez sermões, é uma exposição de 1 Corintios 13 (*) , e que "Felicidade é uma Escolha" é uma série baseada nas Bem-Aventuranças.

Nós temos a mensagem mais importante do mundo, porque muda vidas. Para que as pessoas se sintam atraídas por ela, o título precisa ser a primeira coisa a chamar a atenção delas

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