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Poupança e Investimento para o Cristão


Princípios Bíblicos sobre Poupança: Sabedoria e Previsão

A Bíblia, em diversas passagens, encoraja a prática da poupança e da previsão para o futuro, não como um fim em si mesma, mas como um ato de sabedoria e boa mordomia. O exemplo mais notável é a história de José no Egito, registrada em Gênesis. José interpretou o sonho do Faraó sobre sete anos de fartura seguidos por sete anos de fome. Sua sabedoria o levou a aconselhar o Faraó a "ajuntar todo o mantimento destes bons anos que vêm, e entesourar o trigo debaixo da mão de Faraó, para mantimento nas cidades, e o guardem. Assim o mantimento será para provisão da terra, para os sete anos de fome, que haverá na terra do Egito; para que a terra não pereça de fome." [Gênesis 41:34-36]. A estratégia de José de armazenar grãos durante os anos de abundância para os anos de escassez é um poderoso exemplo de planejamento e poupança. Isso demonstra que a poupança não é apenas uma boa prática financeira, mas um princípio divino para a segurança e a provisão.


Outro exemplo é encontrado em Provérbios 6:6-8, que nos convida a observar a formiga: "Observe a formiga, preguiçoso, reflita nos caminhos dela e seja sábio! Ela não tem nem chefe, nem supervisor, nem governante, e ainda assim armazena as suas provisões no verão e na época da colheita ajunta o seu alimento." [Provérbios 6:6-8]. A formiga é um modelo de diligência e previsão, poupando nos tempos de fartura para os tempos de necessidade. Para o cristão, poupar é um ato de fé e responsabilidade, confiando que Deus proverá, mas também fazendo a nossa parte na administração dos recursos.

A Diferença entre Poupar e Acumular

É crucial para o cristão diferenciar entre poupar com sabedoria e acumular por ganância. Poupar é um ato de prudência que visa a segurança, a capacidade de ajudar o próximo e o investimento no Reino de Deus. Acumular, por outro lado, é motivado pelo egoísmo, pela avareza e pela falta de confiança na provisão divina. Jesus adverte contra a acumulação excessiva de riquezas terrenas em Mateus 6:19-21: "Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração." [Mateus 6:19-21]. O foco não deve ser na quantidade de bens acumulados, mas na forma como esses bens são utilizados para a glória de Deus.

Tipos de Investimentos e a Ética Cristã nos Investimentos

Uma vez que a poupança é estabelecida, o próximo passo é considerar o investimento. Investir é colocar o dinheiro para trabalhar, com o objetivo de que ele cresça ao longo do tempo. Existem diversos tipos de investimentos, como poupança, renda fixa (CDBs, Tesouro Direto), fundos de investimento, ações, imóveis, etc. A escolha do investimento deve ser feita com sabedoria e pesquisa, buscando opções que se alinhem com seus objetivos financeiros e seu perfil de risco.


Para o cristão, a ética nos investimentos é de suma importância. Isso significa evitar investimentos em empresas ou setores que promovam práticas contrárias aos princípios bíblicos (ex: jogos de azar, pornografia, armas, etc.). O investimento deve ser uma extensão da nossa mordomia, buscando não apenas o retorno financeiro, mas também o impacto positivo na sociedade e a conformidade com os valores do Reino. A pesquisa sobre "investimento socialmente responsável" ou "investimento ético" pode ser um bom ponto de partida para o cristão que deseja alinhar seus investimentos com sua fé.

Planejamento para o Futuro e Emergências

Poupar e investir são componentes essenciais do planejamento para o futuro e para a criação de um fundo de emergência. Um fundo de emergência é uma reserva financeira destinada a cobrir despesas inesperadas, como perda de emprego, problemas de saúde ou reparos urgentes. Ter essa reserva evita a necessidade de contrair dívidas em momentos de crise. Eclesiastes 11:2 nos aconselha: "Reparte com sete, e ainda até com oito, porque não sabes que mal haverá sobre a terra." [Eclesiastes 11:2]. Este versículo pode ser interpretado como um incentivo à diversificação e à preparação para o inesperado, seja através da poupança ou da generosidade que nos torna menos vulneráveis. Fonte: Ebook - Educação Financeira e a Mordomia Cristã - Administrando os bens com fidelidade ao Senhor - Por Jefferso Peixoto


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