Generosidade e Dízimos/Ofertas: Honrando a Deus com Nossas Finanças
A Base Bíblica do Dízimo e das Ofertas
A prática de dar uma porção de nossos recursos a Deus é um tema recorrente em toda a Bíblia, desde o Antigo Testamento até o Novo. O dízimo, que significa "décima parte", é mencionado pela primeira vez em Gênesis 14:18-20, quando Abraão oferece o dízimo de tudo a Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo. Posteriormente, o dízimo foi instituído como lei para a nação de Israel, sendo uma forma de sustentar o sacerdócio levítico e o templo, além de prover para os necessitados (Deuteronômio 14:28-29).
Em Malaquias 3:10, Deus desafia Seu povo a trazer o dízimo completo: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança." [Malaquias 3:10]. Este versículo é frequentemente citado para enfatizar a promessa de bênçãos para aqueles que são fiéis em seus dízimos.
No Novo Testamento, embora o dízimo como lei não seja explicitamente repetido, o princípio da generosidade é amplamente enfatizado. Jesus elogiou a viúva pobre que deu tudo o que tinha (Marcos 12:41-44), e o apóstolo Paulo encorajou os crentes a dar com alegria e de acordo com o que Deus os abençoou. Em 2 Coríntios 9:7, Paulo escreve: "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria." [2 Coríntios 9:7]. Isso indica que a doação cristã deve ser voluntária, alegre e proporcional à nossa capacidade.
Alegria em Dar e a Bênção da Generosidade
A generosidade não é apenas uma obrigação, mas uma fonte de alegria e bênção. Atos 20:35 registra as palavras de Jesus: "Mais bem-aventurado é dar que receber." [Atos 20:35]. Quando damos, não apenas abençoamos os outros, mas também experimentamos a alegria de participar da obra de Deus e de ver Seus propósitos se cumprirem. A generosidade nos liberta do egoísmo e da ganância, cultivando um coração mais parecido com o de Cristo.
Provérbios 3:9-10 nos lembra: "Honra ao Senhor com os teus bens, e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de vinho os teus lagares." [Provérbios 3:9-10]. A bênção de Deus não se limita apenas à prosperidade material, mas abrange todas as áreas da vida, incluindo paz, contentamento e propósito.
Diferença entre Dízimo e Oferta
É importante distinguir entre dízimo e oferta. O dízimo é a décima parte de nossa renda, que é devolvida a Deus como um reconhecimento de Sua soberania e provisão. É uma prática de obediência e fé. As ofertas, por outro lado, são doações voluntárias que vão além do dízimo, motivadas por um coração generoso e pela vontade de apoiar causas específicas, missões, projetos sociais ou as necessidades da igreja. Ambas são importantes e complementares na vida financeira do cristão.
O Propósito do Dízimo e das Ofertas na Obra de Deus
O dízimo e as ofertas têm um propósito vital na obra de Deus. Eles sustentam o ministério da igreja local, permitindo que pastores e líderes se dediquem integralmente ao serviço. Além disso, financiam programas sociais, missões evangelísticas, educação cristã e a manutenção das instalações da igreja. Ao darmos, nos tornamos parceiros de Deus na expansão do Seu Reino na terra. É através da generosidade dos crentes que a mensagem do evangelho é levada a todas as nações e que as necessidades dos menos favorecidos são atendidas.
Citações Bíblicas Relevantes
Malaquias 3:10: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança."
2 Coríntios 9:7: "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria."
Provérbios 3:9-10: "Honra ao Senhor com os teus bens, e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de vinho os teus lagares."
A teologia da prosperidade, que muitas vezes promete riquezas materiais em troca de doações, difere fundamentalmente da teologia da mordomia. Enquanto a primeira pode focar no benefício pessoal, a segunda enfatiza a responsabilidade do crente em administrar os recursos de Deus para a Sua glória e para o bem do próximo. Teólogos como John Piper, em sua obra "Deleitando-se em Deus", argumentam que a generosidade é uma expressão da alegria em Deus e não um meio para manipular Suas bênçãos. Ele defende que a verdadeira prosperidade é a satisfação em Cristo, e a doação é um transbordar dessa satisfação. A teologia da mordomia nos lembra que somos administradores, não proprietários, e que nossa generosidade deve ser motivada pelo amor a Deus e ao próximo, e não pela expectativa de retorno financeiro. É um ato de adoração que reflete a gratidão pelo que Deus já nos deu.



Nenhum comentário
Postar um comentário