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Livro Mamãe, como nasci? ou DVD da Buttman

Na terra em que refrões como "toma pirraia" e "chupa que é de uva" fazem sucesso, falar sobre sexo, quem diria, ainda é um tabu. Prova disso é a polêmica causada pela adoção do livro paradidático "Mamãe, como eu nasci?" neste ano pela rede municipal do Recife. A obra, escrita há 18 anos pelo educador Marcos Ribeiro, foi motivo de protesto de pais e responsávels por alunos de escolas da Zona Norte do Recife. Eles se queixaram das ilustrações do livro, voltado para crianças de 7 a 10 anos de idade. As páginas, que entre outras coisas mostram um menino e uma menina se masturbando, deixaram até professoras de cabelo em pé. O paradidático faz parte do kit escolar dos estudantes do 4º e do 5º ano da rede, com idades entre 8 e 10 anos. O material foi distribuído na semana passada a 25 mil alunos de 208 escolas municipais. A Prefeitura do Recife marcou uma reunião na próxima semana para definir como a obra será trabalhada a partir de agora.


Páginas que mostram um menino e uma menina se masturbando foram questionadas até por professores Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
Ontem pela manhã, algumas mães de alunos da Escola Municipal de Santo Amaro, localizada na Avenida Norte, foram reclamar da publicação à diretoria da unidade. Elas se queixaram do assunto, cuja abordagem seria inapropriada a crianças com menos de doze anos. A vendedora Aline Maciel da Silva, de 20 anos, faz parte desse grupo. Ela é irmã de uma aluna de 9 anos que recebeu o material da escola. "Eu achei um absurdo uma menina da idade dela receber um livro com desenhos mostrando uma garota se masturbando. Isso estimula as crianças", afirmou. O livro da menina, inclusive, está guardado em local onde o pai não possa encontrá-lo. Segundo Aline, o pai é muito tradicional e faria um "barraco" na escola caso soubesse do conteúdo do paradidático destinado à caçula da família.

Na Escola Municipal Herbert de Souza, no bairro de Santo Amaro, quatro mães tiveram atitude semelhante. Elas foram até a escola saber o motivo da adoção de "um livro desses". Até as crianças reagiram ao livrinho que aborda temas como relação sexual, prazer, fecundação, gravidez, desenvolvimento do bebê e parto. "Oba, a gente vai ter aula de safadeza", teria dito um menino de oito anos, segundo a diretora da unidade. Através de nota à imprensa, a Secretaria de Educação do Recife informou que decidiu adotar o "Mamãe, como eu nasci?" por perceber que faltava uma ação educativa para as crianças do 4º e 5º ano, já que nessa idade a criança começa a receber informações distorcidas e incompletas sobre sexualidade. E o estímulo vem da TV, internet e músicas.

O informativo ressalta que "o livro é aprovado pelos ministérios da Educação e da Saúde e que o conteúdo didático foi elogiado pelo educador Paulo Freire, que escreve na contracapa da atual edição". A obra polêmica será debatida na próxima semana, durante os cursos de formação continuada de coordenadores pedagógicos e diretores. Além disso, a Secretaria prometeu encaminhar folhetos explicativos sobre a importância da educação sexual aos responsáveis pelos alunos.

Falha - Para o psicólogo infantil e professor da Universidade Católica de Pernambuco Carlos Brito, o problema não está na ilustração do livro. Mas na forma como ele foi apresentado a pais e crianças da rede municipal. "Uso este livro há 15 anos com meus clientes, sem reclamações dos pais. A falha da Secretaria de Educação, no entanto, é não ter discutido a publicação com os pais. Este não é um livro como Branca de Neve, que é dado à criança e pronto. Ele exige reflexão e um trabalho de orientação mais amplo. É uma pena que haja essa resistência de alguns pais, já que essa obra é muito séria e adequada a pré-adolescentes", opinou.
Fonte: púlpito Cristão




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